Se você já pesquisou sobre o Peru, provavelmente já se deparou com imagens das montanhas, seja em um post no Instagram, na foto de um amigo viajante ou até em um site sobre viagens. Entre elas, uma em especial se tornou parada obrigatória para quem visita Cusco: a Montanha Colorida, ou Vinicunca, seu nome oficial.
Localizada a cerca de 140 km de Cusco, o trajeto até o ponto de partida da trilha leva, em média, 3 horas de carro. A estrada para lá é cheia de curvas, afinal, estamos nos Andes, e contornar as grandes montanhas faz parte da jornada. Vinicunca está localizada no Vale Vermelho (ou Vale Rojo), batizado assim pelas tonalidades intensas que se destacam na paisagem. Elas vêm da riqueza de minérios presentes no solo que, ao oxidarem, pintam o cenário com as cores que transformaram a Montanha Colorida em um dos lugares mais emblemáticos do Peru.
A subida da Montanha Colorida
A trilha começa em uma altitude já elevada e, no ponto mais alto, ultrapassa os 5 mil m. Por isso, um alerta importante: não é uma caminhada fácil. Vale se preparar bem, sem se esquecer de levar água e usar roupas e calçados adequados para trekking; se você gosta de se prevenir, vale também levar um remédio para o mal da altitude.
A temperatura cai bastante a 5 mil metros e, dependendo da época do ano, pode chegar a valores negativos. Por isso, vá bem agasalhado, com touca e luvas. A subida a pé dura cerca de 1h30, mas também é possível optar por cavalo, burro ou até quadriciclo, experiência que o Paulo escolheu e que em breve vamos contar como foi.
O que torna a Montanha Colorida tão especial?
Além da beleza natural que impressiona em qualquer foto, Vinicunca é considerada sagrada pelas comunidades locais. Para os povos andinos, as montanhas, chamadas de Apus, são protetoras espirituais, e a Montanha Colorida é uma delas. Caminhar até o topo é, de certa forma, também um mergulho na cultura e nas crenças do povo peruano.
Melhor época para visitar
A melhor época para visitar é entre maio e setembro, durante a estação seca. O céu costuma estar mais limpo e as cores da montanha aparecem com mais intensidade. No período chuvoso, de novembro a março, o acesso pode ser mais difícil e a visibilidade, reduzida.
Dicas para aproveitar ao máximo
- Saia cedo de Cusco para evitar as multidões e aproveitar o tempo mais aberto. A maioria dos tours para a Montanha Colorida parte ainda de madrugada, por volta das 4h30 da manhã.
- Leve água, snacks leves, protetor solar, gorro e luvas.
- Considere contratar um guia local: além de garantir mais segurança, você ainda aprende curiosidades sobre a região.
- Caso decida fazer o trajeto a pé, vá no seu ritmo. A dica dos locais é evitar paradas longas: faça pausas curtas e procure manter um passo constante, mesmo que devagar.
Se acha que pode não conseguir concluir a subida, deseja uma experiência mais confortável ou até adicionar emoção ao percurso, considere as opções de transporte alternativo:
- Cavalos: conduzidos por moradores locais, são ideais para quem prefere evitar o esforço físico da trilha inteira que, por causa da altitude, se torna ainda mais intenso.
- Quadriciclos: disponíveis em trechos específicos, oferecem uma dose extra de aventura e revelam paisagens diferentes do vale.
A experiência do Paulo na Montanha Colorida
O Paulo decidiu subir de quadriciclo, e a experiência foi incrível. Além de economizar energia, ele pôde aproveitar ainda mais a paisagem, já que o percurso é diferente daquele feito a pé ou a cavalo, revelando outro lado do vale, com vistas impressionantes das montanhas.
Depois das 3 horas de estrada desde Cusco, você chega à base onde ficam estacionados os quadriciclos. Ali, recebe as instruções de segurança e os equipamentos indispensáveis, como o capacete. Durante a subida, um guia segue na frente indicando o caminho, enquanto outro vai por último para garantir que todos estejam bem e prestar apoio em caso de imprevistos.
O ponto final do passeio de quadriciclo fica próximo ao topo da Vinicunca. De lá, é preciso seguir a pé até a parte mais alta. E, como já comentamos, vá bem agasalhado: o frio no cume é intenso. Veja como foi a experiência do Paulo na Montanha Colorida:
Vale a pena o esforço?
Sem dúvida! A Montanha Colorida não é apenas um passeio, é uma experiência transformadora em todos os sentidos. Independentemente da forma como você subir, o esforço é recompensado com uma vista de tirar o fôlego: as cores vibrantes das montanhas do Vale Rojo, e, se o tempo estiver bom, o céu azul em contraste com a montanha e a vastidão do vale abaixo criam a sensação única de estar diante de uma obra-prima da natureza.
Dica de hospedagem: Belmond Monasterio, Cusco
Se você vai se hospedar em Cusco, uma ótima opção é o Belmond Monasterio. Localizado no coração da cidade, o hotel ocupa um antigo mosteiro do século XVI, combinando história, conforto e os renomados serviços da Belmond. Os quartos espaçosos, a decoração colonial e os detalhes barrocos da arquitetura tornam a estadia uma experiência única, imersa na cultura e na história do país. O lugar perfeito para relaxar após um dia explorando as ruas e mercados de Cusco. O Paulo visitou o Belmond Monasterio e contou como foi a experiência:
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