Com o roteiro certo, a oferta cultural imperdível da França vai te proporcionar uma verdadeira aula de história da arte
Ir a Paris e não visitar alguns dos seus mais de 150 museus significa deixar no roteiro de viagem uma lacuna que dificilmente será preenchida em qualquer outro lugar do mundo. A capital francesa é considerada um reduto que reúne acervos de artistas ilustres de diferentes estilos e época, sem falar nas estruturas absolutamente convidativas e envolventes. Falamos isso com a experiência de quem há 16 anos leva pessoas como você a realizarem o sonho de conhecer a capital francesa sem deixar um ponto turístico imperdível de fora da viagem.
Seja você um apreciador ou mero observador curioso, estar na capital francesa e deixar de ver de perto obras valiosas como a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é perder a oportunidade única de ter uma verdadeira aula de história da arte. Porém, para estar diante de criações impressionistas, modernistas e renascentistas, além de tantas outras preciosidades, é preciso tempo, disposição e dicas de viajantes experientes – e esse é o nosso caso. Que bom ter você por aqui!
Como em uma única vez é impossível conhecer todos os museus de Paris, é preciso considerar seus interesses para só então fazer uma lista personalizada. Contudo, caso você não saiba por onde começar, fizemos uma seleção digna de um parisiense. Além disso, todo turista que se preze sabe que evitar filas proporciona mais prazer nessa jornada. Dessa forma, também te contamos sobre o Paris Museum Pass mais adiante.
Se você, assim como nós da Vai Pro Mundo, é apaixonado por criar os roteiros das próximas viagens, siga o fio para realizar aquele sonho que ficará para sempre na memória.
Principais museus de Paris
Os museus de Paris se dividem em três categorias: nacionais, municipais e privados. Em cada uma delas, há opções nas mais variadas áreas, incluindo moda, arquitetura e até mesmo perfumes. Sendo assim, escolhemos os que não podem deixar de ser visitados, e incluímos também opções para quem deseja sair um pouco do convencional.
Há museus para todos os gostos. Conte com a expertise da Vai Pro Mundo para escolher quais deles são mais o seu estilo.
1. Museu do Louvre:
Inaugurado em 1793, o Louvre é considerado o museu mais importante da França e do mundo – tanto pelo conteúdo quanto pela beleza do edifício e sua famosa pirâmide. Nele, há 38 mil obras (sem contar as 422 mil que não ficam expostas) perfeitamente organizadas nas 403 salas agrupadas em 3 alas que cobrem 72.735 m². Ufa! Cansou só de ler, não?! Para uma visita produtiva, é recomendado dividir o passeio em pelo menos três dias e contar com um guia conferencista para dedicar a atenção aos setores mais importantes de acordo com sua preferência.
Resumo do acervo: desde o Egito Antigo (2.800 AC) até meados do século XIX, passando por todas as escolas de pintura europeias até 1848; esculturas da Idade Média, do Renascimento e dos tempos modernos; antiguidades egípcias, gregas, etruscas, romanas e orientais; artes do Islã, objetos e arte gráfica.
Principais obras de arte:
Mona Lisa – Leonardo da Vinci
A Jangada da Medusa – Théodore Géricault
Os Escravos – Michelangelo
As Bodas de Caná – Paolo Veronese
Vênus de Milo – descoberta em 1820 e dada pelo Rei Luís XIII ao Louvre
2. Museu de Orsay:
É fã de Vincent Van Gogh? Então este museu precisa estar no seu radar. Um dos mais bonitos e visitados de Paris, o Orsay é considerado o templo do Impressionismo e pós-Impressionismo. Localizado em uma antiga estação ferroviária datada de 1900 – bem pertinho do Louvre e diante do famoso Jardim das Tulherias –, seus relógios voltados para o Rio Sena, sua grande cobertura de ferro e vidro e seus detalhes barrocos na fachada impressionam muito aqueles que o visitam. São coleções com mais de 6.000 obras de arte, das quais as exposições permanentes consistem em cerca de 3.000 peças.
Resumo do acervo: criações artísticas ocidentais de 1848 a 1914: pinturas, esculturas, medalhas, arte decorativa, fotografias, pastéis de artes gráficas e elementos arquitetônicos.
Principais obras de arte:
A Noite Estrelada; Autorretrato – Vincent Van Gogh
Londres, o Parlamento; Campo de Papoulas – Claude Monet
A Idade do Bronze – Auguste Rodin
O Almoço na Relva – Édouard Manet
Os Jogadores de Cartas – Paul Cézanne
3. Centro Pompidou:
O Centro Cultural Georges Pompidou é um espaço voltado para a arte moderna e contemporânea. O prédio, inaugurado em 1977, foi projetado por dois ícones do século XX, os arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers. Seu exterior de plástico e tubos coloridos lembra uma fábrica que contrasta com o estilo clássico da vizinhança, com seus prédios de seis andares. No Pompidou, toda a tubulação é aparente: a canalização de água é verde, a de climatização é azul, a elétrica, amarela e os elevadores e o sistema antifogo são vermelhos. Para ter dimensão da arquitetura, só estando diante dela. Tudo isso para evocar o espírito do interior, que nos leva a uma imersão em pinturas dos séculos XX e XXI. Uma vez lá, não deixe de apreciar o pôr-do-sol na cobertura, para ter uma das mais lindas vistas de Paris.
Resumo do acervo: o Museu de Arte Moderna, uma biblioteca (a mais visitada do mundo), uma cinemateca e exposições de fotografia e de esculturas faraônicas.
Principais obras de arte:
A Moldura – Frida Kahlo
Os Noivos da Torre Eiffel – Marc Chagall
A Blusa Romena – Henri Matisse
Azul II – Joan Miró
Com o Arco Negro – Wassily Kandinsky
4. Museu Rodin:
Quando o escultor neoclássico francês Auguste Rodin entregou boa parte das suas criações e obras de sua coleção privada ao Hotel Biron, onde morava desde 1908, nasceu o Museu Rodin, em 1919. É interessante o fato de ser um dos únicos que podem ser considerados museus a céu aberto, porque seu belíssimo jardim de três hectares abriga, em meio à roseiras, esculturas feitas pelo artista. De lá, avistamos a Torre Eiffel e a cúpula dourada do museu vizinho, o Invalides, local onde Napoleão Bonaparte está enterrado.
Resumo do acervo: 6.500 esculturas e cerca de 10.000 desenhos entre estampas, aquarelas e gravuras. Além das obras de Rodin, o museu também conta com coleções reunidas pelo escultor, sendo cerca de 1.700 pinturas, 7.000 fotografias e mais de 6.400 esculturas e objetos antigos.
Principais obras de arte:
O Pensador; A Porta do Inferno; As Três Sombras; Balzac – Auguste Rodin
A Onda ou As Banhistas – Camille Claudel
5. Museu Picasso:
Uma ode ao principal representante do movimento cubista, Pablo Picasso, é o que encontramos no museu homônimo. Trata-se do único local que permite apreciar toda a carreira do artista espanhol, incluindo pinturas, esculturas, gravuras e desenhos. O museu fica instalado em uma linda mansão construída no século XVII, no coração do bairro Marais.
Resumo do acervo: o prédio de três andares abarca todas as fases de Picasso. Do térreo ao segundo andar, suas criações foram organizadas cronologicamente, o que permite observar a evolução no estilo do artista. Já o terceiro pavimento traz sua coleção particular, incluindo Cézanne, Gauguin, Matisse, Renoir, Braque, Modigliani e Miró.
Principais obras de arte:
Guernica; Autorretrato; A Mulher que Chora; O Sonho; O Velho Violonista Cego – Picasso
6. Museu de l’Orangerie:
Construído em 1852, está localizado em um dos pontos mais visitados de Paris, em frente à Praça da Concórdia, no interior do Jardim das Tulherias. Do variado acervo destacam-se as obras de Claude Monet. Apesar de pequeno – a visita não leva mais de uma hora e meia –, as duas salas ovais onde estão expostas as enormes obras com nenúfares quase compõem uma pintura em 360°, formando uma impressionante paisagem aquática com plantas, galhos, reflexos de árvores e nuvens, tudo sob intensa luz natural. Portanto, não deixe ele de fora.
Resumo do acervo: obras impressionistas de grandes mestres como Cézanne, Renoir, Picasso, Rousseau e Matisse fazem companhia a Monet. Além da exposição permanente dessas pinturas do período de 1880 a 1930, o museu realiza ainda exposições temporárias, concertos, palestras e outras atividades culturais.
Principais obras de arte:
Painéis das Ninfeias ou Nenúfares – Claude Monet
A Rocha Vermelha – Paul Cézanne
As Banhistas – Pablo Picasso
Museus de Paris fora do óbvio:
Quem já esteve ou vai passar uma temporada mais longa na cidade luz pode se perguntar se não há nada fora do circuito tradicional a ser explorado. Pensando nesse espírito mais alternativo, também trouxemos três opções de museus em Paris que fogem do óbvio.
Começamos pelo Quai Branly: um dos mais novos, porém não menos importantes, impressiona da fachada mais moderna às exposições envolvendo civilizações da África, Ásia, Oceania e Américas. Inaugurado em 2006, conta com um exuberante jardim “selvagem” assinado pelo paisagista Gilles Clément. Batizado por seu criador de jardim-savana, foge completamente do conceito dos jardins franceses tradicionais e cartesianos.
Um pouco mais afastada, no charmoso Bois de Boulogne, está a Fundação Louis Vuitton. O prédio todo de vidro e banhado de claridade, projetado pelo arquiteto Frank Gehry, foi construído em 2014 para receber a coleção particular de Bernard Arnault, atual presidente e diretor executivo da LVMH, a maior empresa de artigos de luxo do mundo. É conhecido por suas exposições temporárias e sazonais mega concorridas.
Por fim, a lista de museus de Paris passou recentemente a ter um integrante inédito dedicado à arte da perfumaria. O Grande Museu do Perfume oferece ao visitante uma experiência sensorial e art?stica incomparável: por meio de um circuito interativo e de uma cenografia contemporânea apoiada por tecnologias inovadoras (v?deos, dispositivos olfativos), mais de 70 aromas podem ser sentidos. Ao longo da visita, é possível conhecer a hist?ria do perfume, desde os fara?s aos dias atuais. O objetivo é, sobretudo, valorizar e transmitir o patrimônio imaterial dos perfumistas ao público.
Saiba como funciona o Paris Museum Pass:
A diversão de visitar os museus de Paris pode ser interrompida por uma peculiaridade muito comum e não muito agradável de pontos turísticos: as filas. Elas podem ser enormes e durar horas, reduzindo o tempo que seria melhor aproveitado no prazer de apreciar tantas obras de arte.
Para evitar esse contratempo, o Paris Museum Pass é um bilhete único que dá acesso a mais de 60 museus e monumentos em Paris e arredores, sem precisar ir às bilheterias de cada um deles. Vendido para dois, quatro ou seis dias consecutivos, o passe é a salvação para conhecer mais e melhor o cronograma cultural disponível, com a possibilidade de voltar aos destinos preferidos durante sua validade. Os preços variam, e para saber se vale a pena é preciso definir bem as prioridades.
Caso sua permanência seja mais curta, sugerimos os tickets avulsos que podem ser comprados em qualquer um dos sites oficiais de museus e monumentos. De qualquer maneira, definir tudo com antecedência é fundamental.
Conte com a Vai Pro Mundo no planejamento da sua próxima jornada!